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Archive for julho \31\-03:00 2009

Calendário 2010 da IRL

O sempre incansável Robin Miller divulgou em primeira mão o calendario do ano que vem da IRL (que será anunciado oficialmente neste fim de semana):
Rio de Janeiro
St. Pete
Birmingham
Long Beach
Kansas
Indianapolis
Texas
Iowa
Watkins Glen
Toronto
Edmonton
Mid-Ohio
Sonoma
Chicago
Kentucky
Motegi
Homestead

Portanto 9 circuitos mistos e 8 ovais.

A semana pós Indy vai ser deixada vaga para Milwaukee. O circuito está a beira da falencia, mas supostamente o milionário John Menard (que sempre manteve grande interesse no autmobilismo americano) estaria disposto a compra-la. Se Milwaukee Mile for salvo, o calendário ficaria meio a meio entre mistos e ovais.

Interessante é que este calendario agora tem 4 blocos bem claros de 4 ou 5 provas cada um entre ovais e mistos.

Rio em meados de março, St. Pete na ultima semana do mês.

O circuito de Barber em Birmingham é bem legal de correr em simulador, mas é muito estreito e deve ter pouquissimas ultrapassagens.

Kansas vai ser no primeiro fim de semana de maio.

Com Milkwaukee uma interrogação e Richmond fora, Iowa é o unico oval curto do calendario.

Kentucky vai mudar para a primeira semana de setembro e Toronto e Edmonton devem acontecer em semanas consecutivas.

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O que diferenciou a BMW das outras equipes no grid desde sua chegada em 2006 é personalidade. Pode-se ou não gostar dela, mas a BMW desde o primeiro momento refletia o comando do Dr. Mario Theissen. Eles podiam não ser a mais excitante das equipes, pode-se até dizer que mais do que qualquer outra equipe representavam a influencia das grandes empresas na categoria graças ao estilo de gerente do Dr. Thiessen, mas também eram diretos e sem rodeios dentro da sua eficiência germânica. Sempre foram juntos a Red Bull (que de certa forma era seu perfeito oposto) a equipe Fora isso num meio pródigo em produzir Jean Todts e Flavio Briatores, Dr. Theissen era um sujeito muito simpático. Eu era fã da BMW.

Como era inevitável as especulações se multiplicam. Max Mosley já soltou seu press-release de “eu não disse?” e jornalistas como Flavio Gomes já dispararam que a equipe pulou fora depois de um mal ano. Parece-me óbvio que está foi uma decisão corporativa que aconteceria do mesmo jeito se a equipe estivesse na quarta posição do mundial de construtores. Se tivesse que chutar apostaria que a bagunça da categoria foi mais responsável pelos alemães perderem a paciência com a instabilidade geral. Sejamos francos a BMW é uma empresa séria, a Formula 1 não. James Allen sugere que a equipe pode ser devolvida a Peter Sauber com algum suporte dos alemães.

Em outros noticias, um bilionário russo um tanto suspeito supostamente está pronto para comprar a Renault. Acho que erramos com piloto da addax vai correr na equipe ano que vem…

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Imagem que define o GP de Edmonton: Will Power corre sozinho

Imagem que define o GP de Edmonton: Will Power corre sozinho

Depois de duas provas em circuitos mistos muito boas tivemos uma prova morna no aeroporto de Edmonton. Ainda assim, não deixou de ser muito interessante por conta de um evento muito incomum: até a penúltima volta a corrida correu sem bandeiras amarelas. Com a prova toda em bandeira verde foi possível observar muita coisa, especialmente a superioridade da dupla Penske-Ganassi e sobretudo o tamanho da crise da Andretti Green.

Fato: Andretti Green parece incapaz de acertar seus carros para circuitos mistos. Ontem a melhor posição de largada da equipe fora um 12º com Hideki Mutoh (Kanaan saia em 13º, Marco em 18º e Danica em 20º, atrás até do Richard Antinucci com o carro Andrea Moda da 3G!). Geralmente a equipe disfarça a falta de performance com excelente estratégias de paradas se beneficiando muito das amarelas. Ontem sem amarelas, o máximo que a equipe conseguiu foi um 10º lugar com Marco Andretti que completou uma volta atrás. Alias, Marco segue o retardatário mais inconveniente da série, em Edmonton a sua recusa em abrir para os ponteiros chegou a tal ponto que um amigo meu definiu bem Marco é a nossa versão da amarela de debris da Nascar. Para completar a equipe fez churrasco com Tony Kanaan pela segunda vez este ano. Resultado no momento 2 dos 4 carros da equip estão atrás de um carro da Dale Coyne na classificação do campeonato.

Enquanto isso os carros de Penske e Ganassi faziam uma corrida a parte com Paul Tracy e Graham Rahal – os dois melhores do resto – cerca de 30 segundos atrás dos lideres. Alias, Tracy finalmente no seu retorno a categoria fez um dos seus clássicos totós justamente no seu companheiro de equipe Mario Moraes.

O nome da prova foi Will Power, na sua campanha pessoal para convencer Roger Penske em lhe dar uma vaga em tempo integral ano que vem. Power liderou todas as voltas (salvo pelas janelas de parada), quase sempre com uma margem segura, nunca foi ameaçado. Seu domínio foi tão completo que em certos momentos parecia que víamos uma prova da Champ Car e o nome de Power era Sebastian Bourdais. É preciso dizer que das 5 provas que o australiano disputou foi o nome da corrida em três e isto porque corre com uma equipe improvisada que não tem intimidade com o chassis Dallara. A Penske como um todo dominou a prova, mas Power visivelmente estava um tanto a frente de Briscoe e Castroneves.

Deve se elogiar a decisão da Penske em deixar Power vencer a prova, mas isto também sugere que a equipe jogou a toalha quanto as possibilidades de Helio Castroneves conquistar o título este ano. Helio, por sinal, fez uma prova bem honesta após o fiasco de Toronto e realizou uma belíssima ultrapassagem sobre Scott Dixon para garantir o 2º lugar.

IRL oficializou hoje que estreará seu sistema de push to pass em Kentucky sábado. Tomara que tenhamos uma prova melhor em oval.

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Hamilton vence após passar a temporada europeia quase toda em branco

Hamilton vence após passar a temporada europeia quase toda em branco

Como não podia deixar de ser a prova de hoje foi completamente ofuscada pelo acidente de Felipe Massa. Como não sou jornalista, nem médico não pretendo me alongar sobre o assunto, mas recomendo acompanhar os blogs do Ico e do Felipe Motta, ambos muito competentes e nada sensacionalistas e escrevendo direto de Budapeste. Alem disso no blog do Becken na discussão pós acidente dois leitores médicos fizeram mais para clarificar as informações do que qualquer um na grande mídia.

Sobre a prova em si basta dizer que Lewis Hamilton foi brilhante. Sua vitória de certa forma me lembrou muito a de Alonso no Japão ano passado, como o espanhol naquela ocasião ele tinha um carro muito bom, mas não necessariamente o melhor e viu os favoritos terem azar nas primeiras voltas, mas a sorte em nada diminuiu sua vitória incontestável. Sobrou o dia todo e finalmente se beneficiou de um dos bons fins de semana do inconstante carro da McLaren.

Ainda assim recomenda-se cuidado aos fãs da equipe de Woking, o verdadeiro teste para saber se a equipe solucionou mesmo os problemas do carro será em Spa. De qualquer forma das últimas 7 últimas etapas, pelo menos 3 (Valencia, Cingapura e Abu Dhabi) devem permitir desempenhos competitivos da equipe. O quinto lugar de Kovalainen (atrás da Red Bull, Ferrari e Williams) talvez represente melhor a posição da equipe. Kimi Raikkonen foi bem, mas ao contrário de Lewis Hamilton pode considerar seu 2º lugar resultado de uma prova atípica.

Já a Red Bull deve ficar decepcionada com sua prova. Com o melhor carro do fim de semana não foram além de um terceiro lugar. A equipe teve muito azar, mas também falhou. Vettel largou mal independente do toque do Raikkonen e acabou pagando caro por isso. Depois a equipe errou no primeiro pit stop de Mark Webber e também comprometeu a estratégia do australiano a colocá-lo no pior pneu no segundo stint. Por sua vez Webber teve rendimento fraco no miolo da prova e mesmo com uma estratégia melhor e sem erros de equipe provavelmente não chegaria a apertar Hamilton, mesmo assim a equipe perdeu 2 pontos que podem custar o título no fim da temporada.

Para a sorte da Red Bull a Brawn teve péssimo fim de semana. Button acabara prejudicado no Q3 no sábado pelo zelo da equipe após o acidente com Massa, mas suas chances no fim de semana se esgotaram na largada pobre. Depois disso só administrou uma prova apagada para salvar 2 pontos. Barrichello também fez péssima largada caiu para penúltimo e depois fez o máximo com sua estratégia agressiva para chegar em 10º tivesse largado bem tinha chances reais de pontos.

Outros dois grandes destaques da prova foram Nico Rosberg e Timo Glock. Rosberg andou muito mais uma vez com um ritmo forte, mas foi prejudicado para variar pelo timing das paradas da Williams e uma tendência cada vez mais pronunciada do carro de gastar algumas voltas após as paradas até recuperar sua performance. Glock faz parte do grande grupo de pilotos que não se encontram com o atual sistema de classificação, mas a cada prova que passa reforça ser um dos melhores do grid quando precisa produzir uma série constante de voltas rápidas em corrida. Hoje não tivesse ficado preso atrás do Raikkonen teria chances de transformar seu 13º lugar de largada até mesmo num 4º, não que não deva ficar satisfeito com seu 6º lugar.

Prefiro nem escrever sobre a punição ridícula a Renault. O incidente com o pneu deve ter dado flashbacks de 2006 para Alonso. A suposta despedida de Nelsinho foi discreta, sem brilho, mas sem erros.

Jaime Alguersuari estreou como se imaginava. Foi lento e terminou 18 segundos atrás do Fisichella num fim de semana onde a Force India voltou a ser a velha Force India do ano passado, mas não cometeu nem um erro o dia todo. Em compensação Sebastian Buemi teve um dia muito infeliz, perdeu 4 posições na largada e depois foi aos poucos andando para atrás até ficar a frente somente do inexperiente companheiro, por fim rodou e chegou em último. Vale dizer que suíço não faz uma prova decente desde a China. O carro da Toro visivelmente melhorou muito como a posição no grid de Buemi sugere, mas hoje faltou piloto.

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Alguersuari na World Series by Renault

Alguersuari na World Series by Renault

Não sou a favor da contratação do Jaime Alguersuari e acho uma pena que a Formula 1 após alguns anos voltou a ter um legítimo piloto pagante, mas há algo um tanto histérico nas reações a estréia dele.

A última vez que algo aparecido aconteceu foi com Kimi Raikonnen em 2001. São situações diferentes: Kimi fizera a quilometragem necessária para receber a super licença, o que lhe faltava quase que por completo era experiência em monopostos. Naquela altura o finlandês pilotara cerca de 20 provas de Formula Renault e nada mais. O risco portanto era sobre qual seria o comportamento do piloto quando colocado para competir numa categoria de alto nível. Kimi logo se revelou um piloto seguro e a chiadera desapareceu, mas ela era compreensível.

Alguersuari tem zero de experiência na Formula 1 e isto é sem dúvidas péssimo para a Toro Rosso. Chega a ser cômico para a equipe que ela faça uma aposta dessas neste ponto. Todo o trabalho de adaptação a categoria ocorrerá entre sexta e sábado e sua presença será certamente uma atração nos treinos de sexta-feira. Isto dito, Alguersuari tem 2 temporadas de F3 e meia da World Series. Não é perfeito, mas é mais do que o atual líder do mundial Jenson Button tinha quando estreou em 2000. Claro que Jenson treinou muito na pré-temporada, mas estes treinos são muito mais para garantir a competitividade do piloto do que para impedir que ele seja um perigo para os demais pilotos.

Não acompanhei de perto a carreira de Alguersuari, este ano vi-lo competir só uma vez curiosamente na etapa húngara da World Series. Mas pelos comentários de quem realmente o acompanhou parece se tratar de um piloto tranqüilo e seguro, sem histórico de acidentes. Pelo contrário a fama de Alguersuari é justamente de ser um piloto rápido, mas para quem falta arrojo nas disputas de posição. Considerando que seu principal objetivo domingo será sobreviver é difícil imaginá-lo forçando a barra sobre alguém pela 13º posição sendo que não fazia isso mesmo quando disputava títulos. Se fosse piloto de F1 preferiria ter algúem como Alguersuari no grid do que um piloto como Luca Filippi (para ficar em um piloto GP2 com mais quilometragem num carro de Formula 1).

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Téo Fabi: arquétipo do europeu que migra aos monopostos americanos ou exceção?

Téo Fabi: arquétipo do europeu que migra aos monopostos americanos ou exceção?

A demissão do Sebastien Bourdais fez voltar as velhas e um tanto tolas discussões sobre a qualidade dos pilotos americanos e a suposta facilidade dos pilotos oriundos da Europa que vão para lá (por exemplo este post do Victor Martins).

A verdade como sempre é bem mais complexa e precisa levar em conta que bons pilotos nem sempre se adaptam a equipamentos muito diferentes (ao final de 99, Zanardi estava mais desesperado para se ver longe do carro da Williams que Sir Frank de se livrar dele) e de que como regra os pilotos de resultados discretos na F1 como Christian Fittipaldi que venceram nos EUA tiveram a oportunidade de correr com carros de ponta por lá (os números de Tarso Marques pela Dale Coyne não são melhores que seus pela Minardi).

Ao contrario do que muitos acreditam não existe nada que garanta que Rubens Barrichello ou Adrian Sutil seriam forças na IRL se mudassem para lá amanhã, basta perguntar ao Robert Doornbos que atualmente leva uma surra do seu companheiro pós-adolescente.

Como pequeno exercício resolvi observar a carreira de 5 pilotos de F1 que migraram para os EUA. Todos eles obtiveram algum destaque na Formula 1 foram vistos como promessas e/ou tiveram bons carros, mas ao mesmo tempo nenhum deles foi dono de grande sucesso, ou seja 5 Nick Heidfelds que em determinado momento se mudaram para os EUA.

Mark Blundell
F1
63Gps 3 pódios
Cart
81Gps 3 vitórias 5 pódios

Blundell é uma das inúmeras promessas do automobilismo inglês a não vingar na Formula 1. Sua grande oportunidade veio em 1995 quando substituiu Mansell na McLaren sem qualquer sucesso. Sua passagem de 5 temporadas pela Cart foi mais feliz sem dúvida, mas só encontrou sucesso mesmo em 97 no melhor ano da equipe PacWest (seu companheiro Mauricio Gugelmin venceu pela primeira vez naquele ano também) quando venceu por 3 vezes e chegou em terceiro outras duas e terminou a temporada num honroso 6º lugar. No resto do tempo foi um bom piloto do meio de pelotão sem grandes arrombos, mas constante.

Eddie Cheever
F1
132Gps 9 pódios
Cart
82Gps 4 pódios

Quando eu era pequeno, Cheever era “o” piloto americano da Formula 1. É dono de uma das carreiras mais longas entre os que nunca venceram na categoria permanecendo no grid ao longo de toda a década de 80. Seu melhor momento foi como segundo piloto de Alain Prost na Renault em 83. Em 90, Cheever foi correr em casa pela nova mais promissora equipe Chip Ganassi. Apesar de ter um bom carro nas mãos nunca foi muito competitivo nos 3 anos na equipe (seu companheiro Arie Lundyek certamente impressionava bem mais) e amargou depois 3 temporadas com carros piores. Cheever finalmente obteve sucesso em casa após a cisão dos monopostos americanos quando permaneceu na muito enfraquecida IRL inicial. Sendo um dos poucos pilotos conhecidos correndo por lá atraia bons patrocínios (e por conseqüência carros) e no meio de grids empobrecidos venceu 5 provas incluindo as 500 Milhas de Indianápolis de 98. Em 2006 tentou um último retorno a uma IRL mais forte com resultados constrangedores. Por ironia este piloto americano criado no automobilismo europeu é hoje associado quase exclusivamente pelos fãs locais com uma visão bem retrograda de como uma grande categoria de monopostos deveria ser gerida por lá. É lembrado em companhia de Billy Boat e Greg Ray e não Danny Sullivan ou Rick Mears.

Téo Fabi
F1
63 Gps 2 pódios 3 poles
Cart
118 Gps 5 vitórias 14 pódios 10 poles

Téo Fabi estreou sem grande sucesso na F1 em 82 e se mudou para os EUA em 83 quando foi eleito Rookie do Ano. Voltou para Europa logo depois e se revelou um bom leão de treino nos seus anos de Toleman/Benetton. Faltava lhe porem ser constante ao longo das provas apanhando das jovens promessas Gerhard Berger e Thierry Boutsen e terminou por voltar aos EUA onde certamente foi mais competitivo. Fabi é o exemplo perfeito da idéia clichê da transição, mas a mesma irregularidade que lhe custou uma carreira melhor na F1 era visível na Cart. A despeito de bons resultados ocasionais podia-se contar com Fabi bem distante da ponta da tabela ao fim da temporada.

Bruno Giacomelli
F1
69 Gps 1 pódio 1 pole
Cart
11Gps

Giacomelli é um destes jovens pilotos que aparecem com tudo e logo depois somem em meio a carros ruins. Quando obteve a pole position em Watkins Glen em 1980 era visto como uma grande promessa, ao final da temporada seguinte a Alfa Romeo abriu mão dos seus serviços e Giacomelli pouco fez nos seus últimos anos na categoria. Em 85 foi se arriscar nos EUA pela Patrick (equipe onde Emerson Fittipaldi obteve bastante sucesso). Não durou a temporada. Seu melhor resultado foi um 5º lugar.

Stefan Johansson
F1
103 Gps 12 pódios
Cart
74 Gps 4 pódios

Johansson é junto a Nick Heidfeld o recordista de pódios sem vitórias na Formula 1 e teve inclusive oportunidade na Ferrari e McLaren. Segundo a lógica de muitos tinha tudo para fazer bela carreira nos EUA, mas geralmente andava pelo meio do grid. Em 5 anos, obteve 4 3º lugares como melhores resultados e nunca terminou uma temporada entre os 10 melhores. No automobilismo americano se revelou um burocrata ainda maior que na Europa, mas se sairia bem melhor após trocar monopostos pelos GTs.

Voltando ao Bourdais que afinal ocasionou este post, é bom lembrar que alem de resultados fracos pela Toro Rosso, ele foi 2º em duas importantes provas de Endurance (Sebring e Le Mans). Fosse amigo do piloto francês lhe consolaria apontando que no meio de seus stints furiosos na madrugada de Le Mans andou muito mais que o trio Alonso/Hamilton/Raikonnen fez o ano inteiro. O automobilismo é sempre mais que a Formula 1.

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Tomara que Sebastien Bourdais encontre uma equipe que lhe trate melhor independente da categoria

Tomara que Sebastien Bourdais encontre uma equipe que lhe trate melhor independente da categoria

A Toro Rosso oficializou hoje a saída de Sebastien Bourdais. Não confirmou, mas todos sabem que o substituto será o jovem espanhol Jaime Alguersuari (para desespero de todos os narradores de TV). Pessoalmente acho uma pena pois gosto do francês apesar de admitir que não vinha rendendo bem na Toro Rosso e também por não simpatizar com trocas de meio de temporada de um modo geral. Bourdais colocou um release no seu site onde se disse surpreso e chocado com a decisão e lamentou que acontecesse as vésperas das atualizações no carro e deixou claro que seus advogados devem acionar a equipe na justiça por quebra de contrato. A relação deve ter azedado mesmo ao longo dos últimos dias já que o comunicado da equipe foi muito mais curto e grosso do que esperado e não fez nenhum esforço em poupar o piloto.

Bourdais é o quarto piloto a deixar a Toro Rosso desde que a equipe estreou em 2006 e o terceiro a sair em termos nada amigáveis, o que não deixa de ser informativo a respeito da equipe, especialmente quando consideramos que tanto Liuzzi como Speed foram apoiados pela Red Bull ao longo de suas carreiras. Há algo de estranho na forma como Franz Tost e Helmut Marko administram a relação da equipe com seus pilotos que sempre me impediu de ter grande simpatia pela equipe (apesar de por exceção de Speed sempre terem empregado pilotos com quem simpatizo).

O que não parece receber grande destaque são as razões pela troca agora. Tenho a tese de que muita gente ligada a F1 (tanto entre profissionais de imprensa como fãs) tem uma fobia irracional a respeito de automobilismo americano, o que ajuda a explicar porque a julgar pelo que escreve por ai é tudo culpa do desempenho do francês (que repito me parece justificar uma troca no final do ano, mas não no meio da temporada).

O detalhe mais importante sequer diz respeito a Bourdais, mas a misteriosa troca de pilotos reservas da Red Bull entre Silverstone e Nurbugring. Desde o começo do ano a posição era ocupada pelo neozelandês Brendon Hartley, vice de Alguersuari na F3 inglesa. Não deixa de dizer muito sobre as expectativas da Red Bull sobre seus jovens pilotos que Hartley ficou com a vaga apesar de perder o título para o espanhol. Depois de Silverstone, porém alegou que precisava se concentrar nas suas provas e pediu para ser liberado da função de reserva. Ou a se inocente e acredita-se que Hartley tomou a pior decisão de sua carreira a despeito de conhecer os rumores da fritura de Bourdais ou algo aconteceu nos bastidores. Vale lembrar que apesar da Red Bull não contar com pilotos na GP2, ela tem ao menos um jovem talento, Robert Wickens que faz boa campanha na Formula 2, melhor posicionado hoje para ser promovido a Formula 1 que Alguersuari.

Então porque o espanhol? Grana é motivo mais óbvio (vale lembrar que Bourdais só ficou com a vaga porque o patrocínio de Sato não saiu).. A quem garanta que a família do rapaz estaria pagando a conta, mas o mais provável é que sua promoção represente interesses da Repsol. A petroleira espanhola é patrocinadora pessoal de Alguesuari e supostamente estaria negociando fornecimento para ambas as equipes da marca de energéticos. Se os espanhóis foram anunciados como fornecedores da Red Bull ao fim da temporada não restara duvidas de que a movimentação atendeu exclusivamente interesses comerciais.

ATUALIZANDO: Segundo James Allen a Repsol estaria injetando 2 milhões de euros pelas primeiras duas provas de Alguersuari. Dinheiro dos mais úteis quando se considera que a Red Bull esta realocando cada centavo possível do orçamento da Toro Rosso para a equipe principal.

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2009 parece se tornar o ano da redenção de pilotos a muito descartados por boa parte dos fãs de Formula 1 (um bom lembrete de que a diferença entre um Felipe Massa para um Luciano Burti começa na sorte de estar no lugar certo na hora certa). Neste domingo foi a vez de Mark Webber finalmente vencer após 130 GPs, por sinal superando a marca de Rubens Barrichello e se tornando o piloto que mais demorou para vencer seu primeiro GP. Webber dominou e venceu com considerável facilidade, diria que foi provavelmente a vitória mais impressionante do ano quando lembramos que Webber fez péssima largada e não só perdeu a liderança como levou uma punição. A Red Bull sobrou novamente o que fica claro com como Sebastien Vettel a despeito de uma má largada e treino classificatório ainda conseguiu aos poucos chegar ao segundo lugar, mas o ritmo impresso por Webber sempre que teve pista livre foi impressionante basta lembrar de que quando Massa finalmente parou e o engenheiro pediu para Barrichello acelerar e abrir vantagem vimos o contrário e em poucas voltas Webber estava sobre ele (o australiano virava quase um segundo mais rápido aquela altura). No geral tivemos uma boa e movimentada prova em Nurbugring, como estou sem tempo o resto vai em tópicos:

Brawn – Péssima prova da equipe. Sim, Jenson Button foi beneficiado por uma decisão pragmática da equipe no fim, mas a julgar pelas ultimas duas provas talvez não seja má hora para Brawn começar a ser pragmática: Rubens não acompanhou Button quando a equipe sobrava e agora vai pagar o preço a não ser que Brawn vire o jogo novamente logo. Dito isso duas coisas me parecem importantes:
1 – A estratégia de três paradas me pareceu ditada muito mais por uma incapacidade do carro de fazer os pneus durar do que qualquer tentativa de pulo do gato por parte de Ross Brawn. Vale lembrar que Button (famoso por ser cuidadoso com os pneus) conseguiu ficar sem os dele no fim do ultimo stint que durava só um punhado de voltas. Os fãs da teoria da conspiração devem se lembrar que o inglês foi tão prejudicado pela estratégia quanto Rubens e até mais já que ficando para trás na largada se via relegado após as paradas para o bloco intermediário entre carros mais lentos.
2 – Barrichello perdeu sobre tudo para si mesmo. A estratégia jogou a favor de Webber sem dúvidas, mas Rubens deveria garantir o segundo lugar graças ao trenzinho do Kovalainen no começo. O que arruinou a prova de Rubens foi não ultrapassar Massa após a sua primeira parada enquanto pelas minhas contas Button ultrapassou ao menos três carros após a primeira dele. O Kers de Massa não ajudava é certo, mas a verdade é que o inglês foi para variar perfeito no que era preciso para manter sua prova minimamente viável e Barrichello não. Foi Rubens que se colocou na posição de ter as posições invertidas no fim e não Ross Brawn.

Felipe Massa – Outra bela prova de Massa que segue extraindo tudo que o mediano carro da Ferrari oferece. Arrisco a dizer que faz a melhor temporada da sua carreira e já é o melhor piloto fora da Red Bull/Brawn. Isto dito o narrador oficial não precisa mais insultar os torcedores contra Raikonnen a cada dia mais um segundo piloto rumando para a aposentadoria. Ontem, Kimi até vinha bem e estava logo atrás do Massa quando da barbeiragem do Sutil. Tentar diminuir Kimi faz os feitos do Massa ficarem menores também.

Nico Rosberg – Não teve pódio, mas ontem foi a melhor prova da carreira do filho do Keke, não? Alias era só eu que ria cada vez que a Globo dizia que Nico seria promovido para McLaren ou BMW ano que vem?

Force India – Pelo visto os indianos são amaldiçoados mesmo. Tudo corria perfeito para Sutil salvar até mesmo um quarto lugar até o cara cometer aquela grosseria frente ao Raikonnen. Fisichella também andou muito ontem e mostrou uma vontade que é freqüentemente acusado de lhe faltar. A verdade é que a Force India é um dos carros que mais saltaram de qualidade ao longo do campeonato e os elusivos primeiros pontos vão acontecer logo.

McLaren – E a equipe de Woking novamente conseguiu extrair uma quase completa derrota de uma prova onde seu carro parecia bom. Segundo James Allen a própria equipe considera que as alterações que surtiram efeito ontem não funcionaram em outros circuitos. Ao menos somaram um pontinho.

A punição do Webber – Voltando a um tema do meu post sobre Silverstone me impressiona como fãs de Formula 1 são esquizofrênicos. Reclama-se da falta de disputas e depois considera uma punição como a do Webber correta. Sim, foi uma manobra estúpida e maldosa, mas vi coisas muito piores em largadas ao longo dos anos. Caso Rubens rodasse faria sentido puni-lo, como não aconteceu o maldito race control deveria deixar a prova correr. Punições como esta são muito mais culpadas por provas em fila indiano do Hermann Tilke. Ao menos desistiram de punir o Sutil que já pagara o suficiente pela própria besteira.

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Aviso

Como viajo hoje a noite e passarei os próximos dez dias fora não garanto a frequencia de atualizações do blog até o dia 19. Devo escrever alguns posts sobre a F1, GP2 e IRL, mas não sei quando eles irão ao ar.

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Segundo James Allen são boas as chances deste ser o último fim de semana de Sebastian Bourdais na Toro Rosso. O substituto seria Jaime Alguersuari, campeão da F3 Britânica ano passado e que atualmente corre na World Series By Renault. A última vez que a Toro Rosso promoveu um piloto da world Series deu certo, mas tenho dúvidas se o Alguersuari sequer já testou um Formula 1 (e se fez não foi mais que um destes testes presente que jovens pilotos recebem). Meio arriscado colocar um garoto completamente verde no carro no meio da temporada.

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Em momentos como sábado passado percebo como meus interesses e os de boa parte dos fãs da Nascar são distantes. Os superovais de Daytona e Talladega me entendiam completamente. Se as provas da Sprint Cup já sofrem habitualmente pela duração excessiva isto vale em triplo em Daytona onde absolutamente nada que acontece antes das duas voltas finais importa.

Não existe habilidade alguma num lugar como Daytona e o único elemento interessante é ver os pilotos negociando alianças ao longo da prova. Para quem curte acidentes enormes, estes são sempre inevitáveis ali e certamente há de ter saído satisfeito de uma prova de sábado. O problema de Daytona (e Dega) é que para a habilidade dos pilotos voltar a ser importante seria preciso retirar as restriction plates e permitir que os carros aumentassem a velocidade (e como contrapartida obrigá-los a usar freios nas curvas e provavelmente impedir que tivéssemos estes amontoados de carros andando em bloco), mas isto não seria seguro a não ser que as pistas fossem muito mais planas (e os fanáticos ficariam horrorizados se Daytona virasse Pocono 2.0).

Um resumo do que importa na Daytona 400:
– A 15 voltas do final a direção inventa uma bandeira amarela tão artificial que aparentemente a TV americana nem tentou justificar e os quatro primeiros colocados (Tony Stewart, Danny Hamlin, Kyle Busch e Jimmie Johnson) e de longe os quatro carros mais competitivos do dia perderam a vantagem que tinham do resto do grid.
– Como em um lugar como Daytona, amarelas levam a mais amarelas, Scott Speed (que vinha acima da sua média) leva uma porrada e roda e temos uma nova amarela que garante uma relargada no fim da prova.
– Os quatro melhores carros tomam a frente.
– Kyle Busch se afoba e ultrapassa Tony Stewart na penúltima volta no lugar de esperar para dar o bote no final.
– Tony tenta devolver a ultrapassagem já no começo da última volta, mas Kyle manobra bem para fechar a porta. Quando Tony tenta novamente Kyle perde o tempo para fechá-lo e acaba acertado rodando.
– A partir daí como os carros estão muito próximos estabelece-se a confusão e todas as posições abaixo de Stewart se tornam uma loteria de acordo com quem manobra melhor no meio da zona. Até Kyle termina cruzando a linha de chegada (em 14º) graças a porrada que leva de Kasey Kahne (Buschinho ainda levaria uma última porrada do seu companheiro Joey Logano).

No fim, resta um Tony Stewart absolutamente constrangido na sua entrevista na victory Lane, mas o público delira. A Sprint Cup proporciona algumas das melhores provas do ano, mas em Daytona – sua pista mais famoso – todos os preconceitos que levantam contra ela parecem se afirmar.

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Justin Wilson abraça Dale Coyne após a vitória em Watkins Glen

Justin Wilson abraça Dale Coyne após a vitória em Watkins Glen

Vindo de uma das provas mais medíocres da história da categoria e após uma semana no mínimo tumultuada, A IRL precisava de um dia como o de hoje em Watkins Glen. Não só por vermos uma boa prova, disputada e cheia de alternativas, num circuito que mantém a personalidade adquirida ao longo dos anos que ilude a maior parte dos autódromos mais recentes. Para alem do que foi a prova pela primeira vez no ano o vencedor não pertenceu nem a Roger Penske nem a Chip Ganassi. Mais o que torna o dia de hoje histórico é que o vencedor foi Justin Wilson com o carro da Dale Coyne.

Para aqueles que não acompanham a categoria de perto Dale Coyne montou sua própria equipe creio que em 84 (acumulando as funções de piloto e designer de chassis!) e de lá para cá nunca havia vencido uma corrida – na verdade o primeiro pódio veio só em 2007 na última temporada da Champ Car já bem esvaziada. Uma das poucas constantes para quem acompanhava a Cart é que lá estaria os carros da Dale Coyne no fundo do grid geralmente correndo com pouco ou nenhum patrocínio (segundo levantei hoje foi a 558º largada de um carro da Coyne). Mesmo depois da cisão em 96, Coyne seguiu fiel a Cart apesar dos custos fora da sua realidade e creio que poucos duvidavam de que haveria um carro da Coyne no grid este ano independente da falta de patrocínios.

Exceção feita a 3G, Dale Coyne é a equipe com menos recursos no grid, mas pode-se dizer que Justin Wilson não venceu graças a uma barbeiragem de um dos pilotos de ponta, a sorte numa bandeira amarela ou mesmo a uma estratégia diferenciada, não Wilson ultrapassou Ryan Briscoe na quarta volta e depois disso só não liderou nas voltas logo após seu pit stop. Como que para confirmar que Wilson dominou o dia após a relargada da última amarela a seis voltas do fim – quando muitos como eu temiam que ele fosse ser ultrapassado – o inglês começou a abrir um segundo por volta sobre os carros da Penske e Ganassi que vinham logo atrás. Desculpem por me alongar tanto, mas eu realmente não me entusiasmei tanto com nenhuma vitória este ano (eu literalmente vi as últimas voltas de pé e xinguei muito o Hideki Mutoh quando ele causou a amarela do fim). Portanto hoje posso dizer que vi uma partida de tênis histórica e Winbleddon troquei de canal e emendei numa corrida histórica em Watkins Glen.

Fora isso, vale destacar que Ryan Briscoe segue de longe o melhor e mais constante piloto do ano. Não fosse muito azar (e a tendência do Roger Penske em trata-lo como o segundo piloto) estaria liderando o campeonato talvez até com alguma folga. Mike Conway fez uma ótima prova e com um pouco mais de sorte no último pit iria ao pódio acabou em 6º. Já o Marco Andretti merece elogios por ter transformado uma volta de déficit num 5º lugar, por outro lado enquanto era retardatário fez um festival de barbeiragens vergonhoso (chegou a tocar roda com Wilson quando levava volta) e só não tomou alguma punição por cota da conivência da direção de prova. Michael precisa explicar para garoto que circuito misto não é oval curto e recuperar volta e possível. Quem também merece uma bronca é Mario Moraes que anda esgotando a paciência, hoje para variar a KV lhe deu um carro ótimo e para variar ele estragou a prova com uma infantilidade e terminou se arrastando entre os últimos colocados. Não é a toa que quando da última relargada com Mario ainda na pista seu patrão Jimmy Vasser soltou no twitter um “Go, Justin!”.

OS: Alguém entendeu a briga de transito durante a amarela entre o Graham Rahal e o Robert Doornbos? Algo me diz que a garagem da Newman-Haas não anda muito harmoniosa.

Campeonato
1) Scott Dixon (Chip Ganassi) 313
2) Dario Franchitti (Chip Ganassi) e Ryan Briscoe (Penske) 294
4) Helio Castroneves (Penske) 257
5) Danica Patrick (Andretti Green) 238
6) Dan Wheldon (Panther) 224
7) Marco Andretti (Andretti Green) 215
8) Tony Kanaan (Andretti Green) 214
9) Graham Rahal (Newman-Haas-Lanigan) 197
10) Justin Wilson (Dale Coyne) 187

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Norisring em blocos

Jamie Green sobrou em Norisring

Jamie Green sobrou em Norisring

Norisring foi a primeira etapa da DTM que consegui assistir este ano (9 da manhã é um horário ingrato para este blogueiro notívago) como quase sempre valeu muito a pena com várias alternativas e disputas. Mas me peguei pensando no formato da prova e em como o automobilismo contemporâneo é hoje marcado por formas artificiais de esquentar o drama.

Esnobes criticam a Nascar, mas os europeus são tão culpados quanto. Hoje a DTM conta com uma longa janela de pit e duas paradas obrigatórias. Norisring contava com 80 voltas e a janela de pits ia das voltas 22 a 60. O resultado é que em termos práticos vimos 3 baterias totalmente distintas: um aquecimento nas primeiras vinte voltas, um jogo de estratégia e corrida de live timing durante a janela dos pits e um pega muito disputado nas voltas finais. O estranho é que pouco se percebe de conexão entre estas provas com a categoria simplesmente saltando de um modo ao outro através da drama artificial.

Norisring foi um prazer de ver só nunca foi uma prova coesa. Curiosamente, o vencedor e grande nome da etapa, Jamie Green, dominou tanto o jogo dos pits como a disputa na pista. Quando a segunda rodada de paradas começou Green era o 5º colocado, ao fim da janela subira para 3º e depois na pista superou Bruno Spengler e Timo Scheider e finalmente assumiu a liderança na penúltima volta. Em sumo, Green sobrou domingo independente das condições da prova. Faz parte da safra de pilotos britânicos que a dupla McLaren-Mercedes fez questão de afastar da F1. Massacrou a concorrência na F3 Europeia em 2004 (o grid incluía Rosberg, Hamilton e Kubica), com 7 vitorias e mais de 50 pontos de vantagem sobre o vice Alexander Premat, mas foi levado pela Mercedes para os carros de turismo enquanto Premat, por exemplo, foi ser medíocre na GP2 (e hoje na própria DTM onde é o único piloto que abandonou em todas as etapas).

Voltando ao campeonato a Mercedes faz 2×1 sobre a Audi, mas esta segue na liderança do campeonato com o atual campeão Timo Scheider. Em outras noticias Paul Di Resta fez uma boa prova de recuperação após largar muito atrás e foi 7º e Ralf Schumacher obteve seu melhor resultado na categoria chegando em 6º.

Resultado de Norisring:
1) Jamie Green (Mercedes)
2) Bruno Spengler (Mercedes)
3) Mattias Ekstron (Audi)
4) Timo Scheider (Audi)
5) Gary Paffett (Mercedes)
6) Ralf Schumacher (Mercedes)
7) Paul Di Resta (Mercedes)
8) Tom Kristensen (Audi)

Campeonato
1) Timo Scheider (Audi) 17
2) Bruno Spengler (Mercedes) 16
3) Gary Paffet (Mercedes), Jamie Green (Mercedes) e Mattias Ekstron (Audi) 14
6) Tom Kristensen (Audi) e Paul Di Resta (Mercedes) 11
8) Oliver Jarvis (Audi) 6

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A IRL pós-Tony George

Planejava escrever sobre a prova da DTM, mas hoje à noite a bomba mais que anunciada finalmente explodiu. Tony George – dependendo de quem for a sua fonte o homem mais amado ou odiado entre os fãs de monopostos americanos – foi afastado/demitido do seu posto de presidente do Indianápolis Motor Speedway, da Indycar Racing League e de todos os negócios da família Hullman-George. A partir de hoje George é só o dono da Vision Racing e um membro da mesa diretora dos negócios da família.

Robin Miller, o mais antigo jornalista americano a cobrir monopostos e inimigo declarado de George, havia anunciado que a decapitação de TG estava próxima logo depois das últimas 500 Milhas. Logo depois o IMS contra atacou com um press-release dizendo que George ainda era presidente e a família pedira a ele um plano para o futuro. Para quem está habituado a linguagem dos press-releases era visível que Miller estava no mínimo no caminho certo. Logo depois para dar mais combustível a história todos os donos de equipe assinaram uma declaração de apoio a George durante a etapa de Milwaukee e mais recentemente Ryan Hunter-Reay segundo piloto da Vision foi emprestado a Foyt e circulou a noticia de que a família teria negado 750 mil dólares necessários para manter o seu carro operando (vale apontar que a única razão pela qual a Vision colocara um segundo carro na pista é Hunter-Reay ser garoto propaganda de um dos patrocinadores da liga e estar desempregado).

Segundo as fontes de Miller, as três irmãs de George decidiram por um fim na sua gastança desenfreada para manter a série operando. George teria desde 96 torrado cerca de 600 milhões de dólares na IRL, nem toda esta grana foi perdida, mas cerca de metade certamente nunca retornou a família. Para além das grandes premiações em Indianápolis, George subsidia todas as equipes através do programa TEAM Money (essenciais para as operações das equipes menores) e assume parte das despesas junto aos fornecedores. Em suma, sem o dinheiro da família George provavelmente nós teríamos Penske (Malboro), Ganassi (Target) e AGR (Danica) nas pistas.

Até o momento tudo sugere que a fonte não vai secar. Ao mesmo tempo em que o anuncio saiu, um outro press-release destacava várias mudanças aerodinâmicas para melhorar as provas ovais e a família se comprometeu a seguir investindo na IRL. A verdade é que agora que o clube dos milionários brincando de donos de equipe fechou, a família George está presa a IRL. As 500 Milhas precisam de uma série e não há ninguém mais disposto a financiá-la. Por outro lado a decisão de não apontar um substituto para a IRL (enquanto as outras áreas onde George foi afastado foram cobertas) é muito preocupante.

É certo que com Tony George perdendo poder a disposição para torrar milhões deve diminuir consideravelmente e o aviso de George no final do ano passado de que a IRL precisaria se auto-sustentar até 2013 parece mais assustadora do que nunca. Me parecem existir 5 possíveis cenários para o futuro a médio prazo da série:

a) A IRL finalmente se auto-sustenta e tudo permanece como está.
b) algum milionário entediado resolve brincar de ser salvador dos monopostos americanos e decide pagar as contas da brincadeira (Gerry Forsythe me parece a única pessoa que consideraria a idéia). Champ Car vai a Indy.
c) Penske, Ganassi e Andretti decidem continuar a série por conta própria. Cart 2.0.
d) A família France aproveita a oportunidade e ou compra o espólio da IRL ou monta uma série de monopostos do principio. Grand-Am versão monopostos.
e) A família George lava as mãos, ninguém se apresenta e a organização da Indy 500 reverte para USAC e teremos basicamente um versão glorificada de super modifieds televisionados de forma mais ampla uma vez por ano.

Todos os cenários alternativos são meio assustadores e o último é apocalíptico, mas todos são criveis (especial a alternativa d).

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